quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Egito Antigo

O Egito era a dádiva do Nilo.
O Egito era a dádiva do Nilo.


No processo de formação das primeiras civilizações, a região do Crescente Fértil foi um importante espaço, na qual a relação de dependência do homem em relação à natureza diminuía e vários grupos se sedentarizavam. A domesticação de animais, a invenção dos primeiros arados, a construção de canais de irrigação eram exemplos de que a agricultura viria a ocupar um novo lugar no cotidiano do homem. Mais do que isso, todo esse conhecimento foi responsável pela formação de amplas comunidades.
Entre todas essas civilizações, o Egito destacou-se pela organização de um forte Estado que comandou milhares de pessoas. Situada no nordeste da África, a civilização egípcia teve seu crescimento fortemente vinculado aos recursos hídricos fornecidos pelo Rio Nilo. Tomando conhecimento do sistema de cheias desse grande rio, os egípcios organizaram uma avançada atividade agrícola que garantiu o sustento de um grande número de pessoas.

Além dos fatores de ordem natural, devemos salientar que a presença de um Estado centralizado, comandado pela figura do Faraó, teve relevante importância na organização de um grande número de trabalhadores subordinados ao mando do governo. Funcionários eram utilizados na demarcação de terras e cada camponês era obrigado a reservar parte da produção para o Estado. Legumes, cevada, trigo, uva e papiro estavam entre as culturas mais comuns neste território.

Observando as grandes construções e o legado do povo egípcio, abrimos caminho para um interessante debate de cunho histórico. Tomando como referência as várias descobertas empreendidas no campo da Astronomia, Matemática, Arquitetura e Medicina, vemos que os egípcios não constituíram simplesmente um tipo de civilização “menos avançado” que o atual. Afinal de contas, contando com recursos tecnológicos bem menos avançados, eles promoveram feitos, no mínimo, surpreendentes.


Por Rainer Sousa
Mestre em História

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Cultura do Egito



É impossível falar da cultura do Egito sem antes pagar um justo tributo a um fator natural que foi preponderante para o desenvolvimento da civilização egípcia em uma estreita faixa de terras cercadas por desertos: a água.


O Rio Nilo é a base de tudo. Rio que nasce no coração da África, atravessa o deserto e deságua no Mar Mediterrâneo. Era o Nilo que fornecia a água necessária à sobrevivência e ao plantio no Egipto. No período das cheias, as águas do rio Nilo transbordavam o leito normal e inundavam as margens, depositando ali uma camada riquíssima de húmus, aproveitada com sabedoria pelos egípcios para o cultivo tão logo o período de enchentes passava.Os egípcios eram henoteístas,escupiam imagens das várias manifestações do deus Rá.Em homenagem a esses deuses,construíram templos monumentais.


A arte egípcia refere-se à arte desenvolvida e aplicada pela civilização do antigo Egipto na beira do vale do rio Nilo(parnaiba) no Norte de África. Esta manifestação artística teve a sua supremacia na região durante um longo período de tempo, estendendo-se aproximadamente pelos últimos 3.000 anos antes de Cristo e demarcando diferentes épocas que auxiliam na clarificação das diferentes variedades estilísticas adoptadas: Período Arcaico, Império Antigo, Império Médio, Império Novo, Época Baixa, Período ptolemaico e vários períodos intermédios, mais ou menos curtos, que separam as grandes épocas, e que se denotam pela turbulência e obscuridade, tanto social e política como artística. Suas crenças eram tão grandes que eram capazes demumificar seus deuses. O processo de mumificação era tão complexo, que hoje em dia, por serem tão difíceis, poucos egípcios sabem como mumificar alguém

Imagen Rio Nilo



imagen Arte de mumificaçao




Alunos : João Vitor Carvalho , Felipe Barros .

Primavera árabe, conflitos no Egito em 2011

Em 2011, iniciou-se a denominada “Primavera Árabe”. Segundo especialistas, ela consistiu nos movimentos de protestos e manifestações nos países árabes, em favor da democracia e pelo fim dos regimes ditatoriais no Oriente Médio. O Egito foi um dos primeiros países que aderiram aos protestos. 

Influenciados pela queda do presidente da Tunísia, Zine El-Abidine Ben Ali (que se deu no dia 14 de janeiro, por intensas manifestações populares e protestos contra o governo ditatorial que durava 23 anos), os egípcios iniciaram, no mês de janeiro de 2011, um intenso movimento de manifestações e protestos populares contra o presidente ditador Mohammed Hosni Mubarak, que se encontrava há 30 anos no poder do Egito. 

Diversos foram os fatores que contribuíram para a insurreição popular no Egito, como o reacendimento das tensões religiosas do país após a morte de 21 cristãos na explosão de uma igreja na cidade de Alexandria. Os egípcios também reivindicavam o fim da ditadura de 30 anos e desejavam a transição do governo para a democracia, ou seja, a abertura política. 

A sociedade egípcia vivia sob a imposição política de Mubarak. Os principais motivos das manifestações populares foram os altos índices de desemprego, o autoritarismo do governo ditatorial, os altos índices de corrupção, a violência policial, a falta de moradia, a censura à liberdade de expressão, as péssimas condições de vida e a solicitação do aumento do salário mínimo. 

A insurreição popular tinha como principal objetivo derrubar o ditador Hosni Mubarak, um dos principais aliados dos Estados Unidos, na região, e de países ocidentais, como a Inglaterra e a França. Mubarak havia anunciado que deixaria o poder somente a partir das eleições para sucessão presidencial. Com isso, a população se rebelou e continuou o movimento pela deposição do ditador (fato que aconteceu somente no dia 11 de fevereiro de 2011). 

Antes da renúncia de Mubarak, o ditador pretendia concorrer às eleições presidenciais previstas para setembro de 2011 ou colocar seu filho como sucessor. As manifestações populares continuaram, pois a principal exigência dos manifestantes era a retirada imediata de Mubarak do poder. 

Ainda no dia 25 de janeiro de 2011, foi organizada uma grande manifestação no Egito, o chamado “Dia da revolta”, em que milhares de pessoas foram às ruas reivindicar seus direitos em diversas cidades, como Cairo, Alexandria, entre outras. Os manifestantes tiveram a preocupação de articular e organizar as manifestações pela internet, rápida e grande difusora de informações. Após quatro dias de conflitos, por retaliação do governo, os serviços de internet e celular do país foram cortados como principal estratégia para evitar que os manifestantes se comunicassem e para censurar notícias e imagens de pessoas sendo mortas pelos soldados egípcios, após o anúncio do toque de recolher, realizado por Maburak no dia 29 de janeiro, quando os soldados invadiram as ruas da cidade. 

No dia 28 de novembro foi realizada a 1ª etapa das eleições parlamentares (composição do parlamento). Milhões de pessoas foram às urnas, a grande maioria votando pela primeira vez. Os resultados finais se efetivarão somente no mês de janeiro de 2012, depois de realizadas outras etapas do processo eleitoral. Enquanto isso, a junta militar que assumiu o governo provisório, após a renúncia de Maburak, continua no poder.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

História Política do Egito Antigo



Sob o comando do faraó, o Egito tornou-se uma monarquia centralizada formada por súditos subordinados ao poder do monarca. Dessa maneira, os egípcios eram obrigados a trabalhar nas lavouras, construções e obras administradas pelo governo do faraó. A centralização política era, vez após vez, questionada pelos nomarcas. Depois de um longo período de estabilidade, a pressão dos nomarcas acabou descentralizando o poder político em 2200 a.C..

Na parte final do século XXI a.C., o faraó Mentuhotep empreendeu um novo processo de unificação política do Egito. A capital foi transferida para a cidade de Tebas e a centralização governamental e o sistema de servidão coletiva foram reimplantados. Depois de quatro séculos de estabilidade e fortalecimento do poder faraônico, houve uma invasão promovida pelos hicsos, em 1630 a.C. Contando com um arsenal militar mais bem preparado e utilizando cavalos e carros de guerra, os egípcios foram subordinados à presença dos hicsos durante dois séculos.

Na metade do século XVII a.C., Amósis I conseguiu organizar uma mobilização de egípcios contra o predomínio dos hicsos. Na mesma época, o povo egípcio subordinou os hebreus e expandiu seus domínios territoriais. Sob o governo de Tutmés III (1480 a.C. – 1448 a.C.), os egípcios conquistaram regiões do Sudão e da Mesopotâmia. Nessa época, o poderio da autoridade faraônica alcançou seu auge mediante a grande disponibilidade de terras férteis, rebanhos e trabalhadores.

Mumificação

Mumificação  
Como acreditavam na vida após a morte, mumificavam os cadáveres dos faraós colocando-os em pirâmides, com o objetivo de preservar o corpo. A vida após a morte seria definida, segundo crenças egípcias, pelo deus Osíris em seu tribunal de julgamento. O coração era pesado pelo deus da morte, que mandava para uma vida na escuridão aqueles cujo órgão estava pesado (que tiveram uma vida de atitudes ruins) e para uma outra vida boa aqueles de coração leve. Muitos animais também eram considerados sagrados pelos egípcios, de acordo com as características que apresentavam : chacal (esperteza noturna), gato (agilidade), carneiro (reprodução), jacaré (agilidade nos rios e pântanos), serpente (poder de ataque), águia (capacidade de voar), escaravelho (ligado a ressurreição).





Escrita no Egito Antigo


A escrita egípcia também foi algo importante para este povo, pois permitiu a divulgação de idéias, comunicação e controle de impostos. Existiam duas formas principais de escrita: a escrita demótica (mais simplificada e usada para assuntos do cotidiano) e a hieroglífica (mais complexa e formada por desenhos e símbolos). As paredes internas das pirâmides eram repletas de textos que falavam sobre a vida do faraó, rezas e mensagens para espantar possíveis saqueadores. Uma espécie de papel chamado papiro, que era produzido a partir de uma planta de mesmo nome, também era utilizado para registrar os textos.  
Os hieróglifos egípcios foram decifrados na primeira metade do século XIX pelo linguísta e egiptólogo francês Champollion, através da Pedra de Roseta.



 
                               Hieróglifos: a escrita egípcia